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domingo, 19 de dezembro de 2010

BLOG SHOW DE CAMISAS

Nas minhas "andanças" pelo Orkut, deparei com um scrap do amigo Luiz Henrique falando sobre o seu blog, o Show de Camisas. Fui então fazer uma visitinha e deparei com um blog muito bacana. Postagens frequentes e regulares, com muitas fotos de excelente qualidade e uma enorme variedade de camisa de times de todo o porte, dando uma visão bem ampla do que temos de melhor e pior em termos de camisas. Entrei em contato com o Luiz que me pediu uma camisa para colocar na seção "Varal do Colecionador". Mandei uma de 1962 do Bahia que já foi motivo de um post nosso e na mesma hora estava lá. Não deixem de visitar esse belo blog do grande Luiz Henrique, que esta sofrendo com o time dele, o América de Sao Jose do Rio preto-SP, mas nao descuida do seu excelente trabalho na internet.

Para acessar o blog Show de Camisas, clique aqui.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

CAMISA VERMELHA: A FÚRIA TRICOLOR

(foto: Todo Sobre Camisetas)


Depois de muito mistério, finalmente foi revelado o novo 3° uniforme do tricolor. Conforme já propalado maciçamente pelo marketing do clube, a camisa veio na cor vermelha (com detalhes em amarelo e azul) aludindo à seleção espanhola, campeã do mundo na última Copa. A princípio, a homenagem não faz muito sentido, pois, não obstante o fato de a Bahia possuir a maior colônia espanhola do país, esta nunca teve uma relação estreita com o time. Ao que parece, quiseram apenas pegar carona no bom momento da Espanha no cenário mundial (muito embora este humilde blog ache que a decisão de se fazer uma camisa vermelha só foi tomada após a nossa descoberta da camisa vermelha de 64, já que, a princípio, o que se divulgava no primeiro semestre era que a nova camisa seria cinza/prata, numa alusão ao "Esquadrão de Aço")
Apelidada pelo clube de "Fúria Tricolor", ela estreou no jogo contra o Coritiba, em Pituaçu. A exemplo de 2007, quando o Bahia também estreou um terceiro uniforme, o Bahia empatou um jogo em casa na estréia da camisa, com direito a penalty perdido pelo artilheiro do time. Coincidências do futebol.
Quanto à camisa em si, está sendo um caso de amor ou ódio: muita gente tem gostado da camisa, ao passo que outras pessoas tem odiado. Não tem meio termo. Na opinião do blog, a camisa está linda, muito bem concebida. O layout da camisa é inédito, fato raro na Lotto, que tem o péssimo costume de adaptar seus lay-outs padronizados que já saíram de linha na Europa. Ponto pra fornecedora. Outra novidade é a tipografia da fonte dos números às costas, também inédita (e de bom gosto, diga-se de passagem). O que mais chamou a atenção, ademais da cor, foi a gola. A "imitação" de gola polo, aplicada na própria camisa, não é uma coisa inédita em se tratando de camisas de futebol - o próprio Bahia já suou uma camisa assim em 2007, na época da Diadora - mas caiu muito bem no conjunto da camisa. A extremidade das mangas e a barra da camisa vieram com detalhes em amarelo, e o logo da Lotto nas mangas veio em azul. Atrás, na gola, a inscrição "Fúria Tricolor" e, logo abaixo, duas pequenas bandeiras da Bahia e da Espanha completam o visual
Enfim, no conjunto da obra, ainda mais formando com o calção e meião, a camisa ficou perfeita. O único porém, fica por conta do logotipo do patrocinador master. Não precisava ser gigante daquele jeito (o rival, também patrocinado pela mesma empresa, tem um logotipo de tamanho compatível com a camisa).
A repercussão da camisa também foi forte dentre os colecionadores e apreciadores de camisas de futebol, mesmo entre os não torcedores do Bahia. Veja, por exemplo, os debates no Minhas Camisas e no blog uruguaio Todo sobre Camisetas.
Enfim, a camisa tem tudo pra virar um sucesso de vendas e ser uma das cmaisas mais marcantes que o clube já teve.



Mock-ups dos conjuntos de camisa, shorts e meiões (foto: site oficial do clube)


Evento de lançamento da nova camisa, momentos antes da partida (foto: Sempre Bahia)


Time posando para foto

Lay-out da camisa é inédito...

...bem como a tipografia da fonte dos númertos às costas



segunda-feira, 18 de outubro de 2010

ENTREVISTA DO "CAMISA DO BAHIA" AO ESPORTE INTERATIVO


Como não poderia deixar de ser, depois de pouco mais de um ano fazendo um trabalho sério, apesar de despretencioso, de pesquisa da história das camisas do Bahia, começamos a colher os frutos de reconhecimento deste trabalho. Semana passada foi publicada uma entrevista nossa ao blog Esquadrão Interativo, um site muito interessante sobre futebol do pessoal do Esporte Interativo.
O blogueiro, Thiago Zanetin, conheceu o blog através do post da camisa vermelha de 64, gostou do trabalho e resolveu bater um papo conosco, onde falamos não só das camisas e de nossas coleções, mas também sobre a situação atual do Bahia dentro e fora de campo e da nossa visão de torcedor sobre o time. Interessante foi ver que tanto o blog quanto seu autor não são baianos, muito menos torcedores do Bahia, ou seja, não se encaixam no público alvo do nosso blog, mas ainda assim conheceram e gostaram do que viram por aqui.
Fica aqui, publicamente, nosso agradecimento ao Thiago e ao pessoal do Esquadrão Interativo pela oportunidade e reconhecimento. Valeu, galera!!!

Confira a entrevista clicando AQUI.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

2009: A LOTTO E A PROFUSÃO DE PATROCÍNIOS

Chega o ano de 2009 e crescia e expectativa pela nova coleção da Lotto para o tricolor. O Bahia respirarava o que deveriam ser novos ares, com novo presidente e um gestor profissional para o futebol, contratado a peso de ouro oriundo do arquirrival do tricolor. No evento de lançamento, muita festa, presenças ilustres com a do craque Daniel Alves e insatisfação imediata com o marketing do Bahia que resolveu mudar o escudo do clube, usando uma horrível bandeira tremulante e desfigurando nosso maior símbolo. Outro fato atípico e muito comentado foi o ex-presidente rubronegro vestindo uma camisa nova da Lotto que mal caberia em 1/3 do seu corpanzil... Hilário! Fora o fato de que o lançamento das camisas aconteceu no dia 30 de Junho, exatamente na virada do 1° para o segundo semestre!!! Ou seja, o time começava o brasileirão jogando de camisa velha e terminava jogando de camisa nova (veja fotos do lançamento aqui)
No que concerne às camisas, embora muitíssimo simples, toda branca, inclusive a gola, um friso em relevo também branco na altura do peito que na manga passava a ter uma "dupla face" interna em azul, a camisa agradou. Pela primeira vez em muitos anos, a camisa branca não tinha nenhum detalhe azul ou vermelho. Material de primeira qualidade e, na primeira remessa, sem patrocínio master o que a deixou mais elegante. A tricolor foi um pouco mais polêmica. Na verdade, era bicolor, com listras largas em azul e vermelho com o branco ficando relegado apenas a gola redonda, que tinha uma leve assimetria, deixando um dos ombros vermelhos inteiramente. Sozinha, não impressionou muito, mas, no conjunto com short azul e meiões vermelhos tornou-se bastante imponente e terminou caindo no gosto da galera. Vistas lateralmente, as camisas aparentavam ser inteiramente vermelhas de um lado ou inteiramente azuis de outro, dando um efeito semelhante à uma camisa do Paraná Clube, por exemplo. Todas elas tinham um logotipo da Insinuante no peito (na listrada, vinha dentro de uma caixa branca de gosto duvidoso, que quebrava a harmonia das listras).
No decorrer do ano, foram inúmeros os patrocínios usados pelo tricolor, muitos deles temporários, o que nos dava uma camisa diferente a cada três ou quatro meses (e que leva qualquer colecionador à loucura! Rsrs). Primeiro, o pequeno símbolo da Insinuante no peito, e o Vedacit nas mangas, presentes desde o lançamento; depois, tivemos City Park Brotas e City Park Acupe, que eram empreendimentos da OAS e que estamparam suas marcas em apenas 4 jogos cada, sempre em casa (por este motivo, só foram aplicados na camisa branca); tivemos também um patrocínio relâmpago da Diagnoson, que só foi usado no jogo contra o Figueirense fora de casa; depois, já em 2010, a OAS passa a estampar sua marca na frente, como patrocinador master e o “IN” passa para as mangas; e finalmente, não satisfeita com o tamanho de seu logotipo, a OAS resolve agigantar sua marca na camisa, estampando um patrocínio meio que desproporcional. Isso sem falar no BMG, usado nos ombros apenas nas finais do baianão, 2010 e do Incomaf, onipresente nas costas da camisa. Ufa! Chega de tanto patrocínio!

Não tivemos 3° uniforme nessa temporada, depois de 2 anos seguidos, 2007 e 2008, com essa opção alternativa.
Em campo, nada do prometido se cumpriu e o time oscilou entre o meio e a rabeira da tabela, em alguns momentos até sendo ameaçado pela degola para terceirona mais uma vez. No final, entre mortos e feridos salvaram-se todos, até a diretoria que até esta data, ainda deve uma série de promessas não cumpridas ainda manda no Bahia. Cabeça mesmo, só rolou a do antigo mandatário do time de canabrava, que teve vida curta no Bahia.



Acima, as camisas 1 e 2 em ação, praticamente limpas, sem patrocínio master, da forma que foram lançadas originalmente (apenas o IN no peito e Vedacit nas mangas)


Veja, na sequência abaixo, as diversas variações de patrocínio que as camisas de 2009 tiveram ao longo de sua existência:

Patrocínio City Park Brotas, usadas inicialmente em 4 jogos em casa na Série B 2009


Aqui, com patrocínio City Park Acupe, também usadas em 4 jogos em casa, na sequência do empreendimento de Brotas - percebam que a cor da palavra "City" é diferente


Patrocínio Diagnoson, utilizado apenas contra o Figueirense, fora de casa, pela Série B 2009


Depois do sucesso dos City Park´s, a OAS assume o patrocínio master com sua própria marca (inicialmente pequena). Saem o "IN" do peito e o Vedacit das mangas.


Ainda com patrocínio OAS pequeno, o "IN" volta à camisa, desta vez nas mangas


Já no campeonato baiano 2010, a OAS agiganta sua marca na camisa, que ficaria assim até o final de sua trajetória, em agosto de 2010


Na fase final do Baianão 2010, a camisa estampa o patrocínio BMG nos ombros

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

LANÇAMENTO DAS NOVAS CAMISAS 2010

O Blog "Camisa do Bahia" se fez presente no lançamento da nova coleção da Lotto para 2010, e captamos as imagens abaixo:










COMENTÁRIOS DO BLOG:

Apresentadas as camisa do Bahia, alguns comentarios sobre as camisas 1 e 2 devem ser feitos. Vamos a eles:
Com relaçao à camisa tricolor, foi a que mais agradou, ficou linda. Recupera o padrão com listras tricolores, entretanto com um toque de modernidade. Finalmente a Lotto lembrou que o Bahia é um time azul, vermelho E BRANCO, e não apenas azul/vermelho! As faixas vermelhas laterais que avançam para a manga dão uma renovada no consagrado padrão. O corte da manga e a barra diferenciada dão uma boa moldura para o conjunto. A gola voltou a ser "polo redonda" (como no modelo 2008), que embora não seja unanimidade, tem seus méritos e agrada a muitos. Antes do lançamento, diziam que ela teria sido inspirada no modelo de 59, mas vendo-a ao vivo e em cores, ficou muito longe disso. Mas de forma alguma isso tira o mérito da camisa, que ficou realmente bonita e agradável.
Já a camisa branca passou a ter mais detalhes em azul e vermelho, abandonando a monotonia da camisa toda-branca-sem-sal de 2009. A gola, os detalhes das mangas e da barra (divididas ao meio em azul e vermelho) sao bem diferentes e, embora estranhos de inicio, têm tudo para agradar. O único porém sao as finas listras nas laterais. Desnecessárias. Embora discretas, destoam do conjunto que ficaria mais sobrio e imponente sem elas.
No mais, material de excelente qualidade e acabamento impecável, como é costume da Lotto. Triste mesmo foi o gigantismo do patrocínio da OAS, que mancha um pouco a beleza das camisas, sobretudo a branca. E o grande deslize, unânime entre os torcedores, foi o uso da cor preta no patrocínio. A mudança do emblema da Lotto nas mangas, que deixou de ser um quadrado vazado, "limpou" um pouquinho o visual das mangas. Fora isso, foram perceptíveis o aumento de tamanho tanto do escudo quanto do logotipo da Lotto. A tipografia da numeração das costas permanecem inalterados, mantendo o padrão da coleção anterior, bem como as cores (vermelha na camisa branca e branca na camisa tricolor).
Notas do blog Camisa do Bahia: tricolor 8,5; branca 8.
Ficamos, agora, no aguardo da tão falada e esperada terceira camsia, a ser lançada em pouco tempo.

(Comentários de Arilde Junior e Ruy Guimarães - Fotos de Arilde Junior e Ronei)

sexta-feira, 30 de julho de 2010

A CAMISA VERMELHA DO BAHIA


Vez por outra nos deparamos com algumas novidades que nos deixam de queixo caido. Pensei que soubesse tudo sobre as camisas do Bahia, mas ouvi muitas vezes meu pai dizer: "o Bahia usou uma camisa vermelha num torneio que jogou em Nova Iorque, se você não tiver essa, sua coleção nunca estará completa". Nunca levei muito isso a sério, porque, além de já ter fuçado tudo que pude sobre a história do Bahia, ele foi a única pessoa que me falou sobre a existência desse uniforme. Pouco tempo atrás, uma pista: Dodô, ele mesmo, que me deu a camisa de 1962, me disse que tinha uma foto do time na disputa desse torneio. Mais uma vez, com ajuda de seu irmão, Raimurildo, conseguiu a foto para mim. Se o uniforme nao é um primor estético, pelo menos, inova um pouquinho, trazendo para a camisa o vermelho relegado sempre ao meião e a alguns detalhes do acabamento do uniforme. Acho que o short poderia ser branco, mantendo-se o mesmo meião, mas, só a mudança já é interessante. Provavelmente, será impossível conseguir uma camisa dessas, mas, caso surja alguma, estará imediatamente postada nesse blog...Vocês verão aqui a foto do time e a foto da réplica perfeita da camisa já providenciada pelo colecionador Duda Sampaio. Ainda posto o texto da Wikipedia, também "pescado" por Duda, explicando o torneio com detalhes.

No ano de 1964 o Bahia participou do ISL (International Soccer League), torneio que foi disputado entre os anos de 1960 e 1965, e congregava equipes da Ásia, América do Sul, Canadá e México. O seu formato se assemelhava ao atual Mundial Interclubes. William Cox, um rico empresário americano, dono de um time de baseball (Philadelphia Phillies) via um amplo mercado inexplorado nos EUA para o futebol. O torneio, inicialmente jogado em Nova York depois se expandiu para outras cidades americanas: Chicago, Detroit, Boston e Los Angeles. Os campeões foram: 1960 – Bangu (BRA); 1961 – Dukla Praga (TCHE); 1962 – América-RJ (BRA); 1963 – West Ham United (ING); 1964 – Zaglebie Sosnowiec (POL); 1965 – Polônia Byton (POL). A participação do Bahia foi vexatória: participando do Grupo I, juntamente com o Werder Bremen (ALE), Heart of Midlothian (ESC), Lanerossi-Vicenza (ITA) e o Blackburn Rovers (ING), o time ficou em último no seu grupo, jogando seis partidas, com 2 empates e 4 derrotas, marcando 5 gols e sofrendo 12 tentos. A camisa que o Bahia usou era toda vermelha, gola pólo e punhos azuis.


http://en.wikipedia.org/wiki/International_Soccer_League

domingo, 4 de julho de 2010

2008: SAI DIADORA, ENTRA LOTTO





O ano era 2008. Empolgado com a subida para a Segundona - que proeza!!! - o tricolor muda de fornecedor de uniformes. Sai a italiana Diadora e entra a conterrânea Lotto. A Diadora resolveu sair do mercado brasileiro, dedicando-se à moda casual e a esportes menos tradicionais, como o tênis. Na prática, continuava tudo como antes, pois ambas as marcas eram representadas pela mesma empresa no Brasil (a Filon). A Lotto abocanhou as 3 equipes de maior torcida patrocinadas pela Diadora (Bahia, Atlético-MG e Coritiba - Santo André e Ponte Preta ficariam de fora, retornando um ano depois), além de outras equipes patrocinadas por Puma e Topper (Goiás e Sport), também representadas pela Filon, Numa boa estratégia de mercado, a marca passou a se associar a equipes de grande apelo popular, donas das maiores torcidas de seus estados, independente das divisões que jogavam, como Bahia, Galo, Coritiba, Goiás, Sport, Fortaleza, Paysandu, além de algumas outras de menor expressão.
Depois de muita festa, de desabamento de arquibancada e de terceira camisa usada só em um tempo de jogo, a nova marca chega para se associar a um time que prometia o retorno à primeira divisão. Sem muitas novidades em campo, Fausto, Charles, Ávne - sempre ele nos momentos ruins - e outros "craques" remanescentes da Terceirona, o fiasco foi o esperado e o Bahia, em momento algum ameaçou a liderança do Corinthians ou dos demais integrantes frequentes do G4 na luta pela tão sonhada vaga para a Série A.
Falando na camisa nova, um detalhe que chamou a atenção e gerou controvérsia foi a gola. Tanto a camisa branca quanto a tricolor tinham uma gola diferente. Uma mistura entre gola "careca"ou redonda com gola pólo. Embora diferente, casou bem com o conjunto dando um certo "charme" às camisas. Na branca, nenhuma novidade. Toda lisa com frisos laterais delimitadas por uma costura mais grossa. Patrocínio aveludado enquanto era FIAT, passando a ser silkado quando passou para Insinuante (a FIAT passava a estampar sua logomarca, abandonando a estratégia de anunciar seus lançamentos no mercado nacional, como Fiat Idea, Novo Palio, etc). Já a camisa tricolor voltou a ter as listras brancas mais finas intercalando as azuis e vermelhas, que passaram a ser mais largas, ficando em número de quatro apenas. Completando o design, um friso lateral curvo formava uma moldura para as faixas centrais. Outra sacada legal era a ausência da caixa do patrocínio: a logomarca da patrocinadora foi envolvida por uma discreta moldura azul qua a destacava sem comprometer o conjunto. Para quem não lembra, esse modelo lembrava os da Amddma e da Proonze, que tinham, entretanto, o azul mais encorpado que o da Lotto. Ainda assim, a inspiração foi uma camisa usada na década de 60, que tinha a mesma disposição das listras, usada por pouco tempo. Outro detalhe: a primeira remessa da camisa, inclusive as de loja, tinha tecido mais grosso, com aspecto "trançado", muito parecido com as camisas da Nike originais, as famosas "Authentic". Já a segunda remessa, tanto da home como da away, passou a ser confeccionada com tecido liso, mais fino, repetindo o padrão "supporter" também da Nike. Somente os frisos laterais mantiveram o tecido original.
Enfim, marca decente, camisas corretas e time... precisa falar?

Acima, a camisa 1 sendo usada na Série B de 2008

Camisa 2, listrada, em ação pela Série B de 2008



As listras largas já tinham sido usadas em 94, quando o Bahia tinha seus uniformes feitos pela Amddma/Proonze, que por sua vez tb já tinham figurado nas camisas tricolores no fim dos anos 60, como é possível ver abaixo, em imagens de um Bahia x Santos na Fonte Nova, onde o zagueiro Nildon tirou em cima da linha o possível 1000º gol de Pelé!




quinta-feira, 20 de maio de 2010

CAMISA DE 88



Interrompo, mais uma vez, a sequência cronológica de postagem das camisas do Bahia. Tenho feito isso quando surge alguma pérola que merece destaque. Dessa vez, para exibir a camisa campeã brasileira de 88. Como já disse anterirmente, para mim, a camisa tricolor da Adidas é imbatível. Sem frescuras, sem detalhezinhos, mas com personalidade e a cara do MEU BAHIA. Usada numa época em que ir à Fonte Nova não era diversão eventual quando não havia outro programa melhor. Durante anos, ver o tricolor jogar em sua casa era religioso. Dava gosto ver Bobô, Charles, Marquinhos, Paulo Rodrigues no auge da sua forma física, dando sangue (às vezes literalmente) por seu time. Não menos craque, não menos dedicado, era Zé Carlos, craque tricolor dos anos 80 que ostentou esse manto que hoje apresento. É fantástico garimpar camisas preciosas para a coleção mas, ainda melhor, é ganhar uma camisa quase impossível de achar de um amigo. É esse o cado. Conversando com Felisberto, amigo e dono do tradicionalíssimo Restaurante Juarez, no Mercado do Ouro, ele me falou que possuia essa camisa, usada e presenteada por Zé Carlos. Mais rápido que pude, ofereci: -compro!!. Duas semanas depois, qual minha surpresa: a camisa estava lá e, generosamente, Felisberto me doou a camisa. Sócio do Bahia, me mostrou sua carteirinha que guarda até hoje, apesar da fase do Esquadrão. Ainda deu tempo de um dos seus muitos clientes tentar demovê-lo da ideia de me presentear e oferecer R$ 100,00 pela camisa, recusados prontamente.
Infelizmente, estou sem a foto em que ele passa camisa às minhas mãos e, por isso, não a colocarei agora, mas assim que recuperá-la, postarei para vocês.
Jamais poderei agradecer o presente, mas faço essa humilde homenagem exibindo-a aqui. Obrigado, amigão!

domingo, 9 de maio de 2010

2007: UMA CAMISA, UMA TRAGÉDIA - PARTE 2 (A CAMISA AZUL)


No post anterior, falamos da última safra de uniformes que a Diadora forneceu ao Bahia em sua parceria de 3 anos com o tricolor baiano. Mas, na verdade, essa parceria foi encerrada mesmo com um 3° uniforme, inédito, que seria lançado apenas no último jogo do Bahia em casa naquela Série C, contra o Vila Nova.
O marketing que envolveu o lançamento dessa camisa foi bem sacado: uma enquete feita no site oficial oferecia duas opções de uniformes (que diferiam entre si apenas em alguns detalhes), para serem escolhidos pelo torcedor. Dizem as más linguas que, qualquer que fosse a opção eleita pela torcida, o novo terceiro uniforme já estaria escolhido. Mas o fato de, ao menos, colocar a torcida como "co-participante" da escolha já merece pontos. Mesmo depois de encerrada a enquete, o mistério ainda pairava no ar, pois a camisa escolhida só seria conhecida quando o Bahia adentrasse ao gramado da saudosa Fonte Nova. Vale lembrar que desde desde o ano 2000, quando vestiu a belíssima camisa alusiva aos 500 anos do Brasil, que o Bahia não lançava um terceiro uniforme.
A camisa em si parece que foi feita para encerrar com chave de ouro a parceria da Diadora com o clube, e ser a cereja do bolo do acesso à Série B. O lay-out, em si, seguia o padrão da marca, já utilizado nas camisas 1 e 2: mesmo corte, mesma gola, mesma tipografia e mesmo patrocínio. Era toda azul, com algumas listras verticais em tons mais escuros, em degradê, e uma fina listra vermelha entre elas. Os demais detalhes da camisa, tais como patrocínios, gola, números e barras vinham em dourado.
Esta camisa é, com certeza, a mais bela lançada pela Diadora para o tricolor, e talvez uma das mais bonitas de todos os tempos.
Uma pena o jogo de sua estréia ter sido marcado pela tragédia que marcou uma ocasião que deveria ter sido de festa e comemorações.
A camisa só foi usada nesta partida e, ainda assim, apenas no 1° tempo (depois do penalty perdido por Nonato, a superstição falou mais alto e o time voltou com a tradicional camisa tricolor listrada para o segundo tempo). Após este jogo, ela foi compulsoriamente "aposentada". Não sabemos se a intenção do clube era realmente usá-la apenas no jogo do acesso ou se ela seria usada nos jogos do início do ano seguinte e a tragédia terminou por abreviar sua curta vida. Algum tempo depois, surgiu na internet, em sites de leilão, a versão manga longa dessa camisa, o que nos faz pensar que a camisa poderia vir a ser, sim, usada em mais jogos (se a real intenção fosse usá-la em apenas uma partida, certamente não teriam feito um lote adicional numa versão manga longa, ainda mais que o jogo seria num domingo de novembro à tarde, em Salvador). Enfim, um mistério que talvez nunca desvendaremos. Essa versão manga longa nunca chegou a ser comercializada oficialmente.
Mas com certeza essa camisa marcou, bem e mal, o maior feito do clube nos últimos anos.


Time posando para foto, antes do fatídico Bahia x Vila Nova em 2007

Lances do jogo, que marcou negativamente o acesso do bahia para a Série B


Versão de mangas longas, que surgiu em sites de leilão na internet algum tempo depois de lançada. Essa camsia nunca foi oficialmente comercializada.

segunda-feira, 15 de março de 2010

2007: UMA CAMISA, UMA TRAGÉDIA



Dois mil e sete chegou e, mais uma vez, o Bahia tentaria deixar o fundo do poço da terceirona. A julgar pela falta de inspiração da Diadora na concepção da camisa branca de 2007, o ano não prometia muito.
A camisa branca era lisa, quase sem detalhes, exceto por duas faixinhas azuis nas laterais, friso das mangas e fundo da gola também azuis. A gola até que tinha um efeito interessante, dando a impressão de duas abas como se fossem de uma gola polo. Cópia fiel da camisa da Roma, também "abastecida" pela marca italiana, só que com cores diferentes. O único "charminho", só perceptível bem de perto, era o patrocínio aveludado da Fiat. Após algum tempo, a Acril passou a estampar sua marca nos ombros e a Onda Tricolor, auto-patrocínio do mal fadado programa de sócios do clube, passou a ilustrar a manga, poluindo um pouco o visual da camisa. Já a camisa tricolor é daquele tipo "ame-a ou deixe-a". Mangas azuis e corpo listrado em vermelho e azul, mais uma vez com a supressão das listras finas brancas. Acho o resultado final interessante, lembrando, levemente, a camisa do Bayern de Munique dos anos 90.
Como previsto, o ano foi duro. Campeonato baiano e Copa do Brasil passaram em branco para o Tricolor, mais uma vaz coadjuvante. Série C. O calvário começava de novo... Campanha irregular desde a primeira fase e só com um gol milagroso de Charles aos 50 minutos do segundo tempo contra o Fast Club (quem?), o Bahia conseguiu sua vaga para o octogonal final. A Fonte Nova recebeu públicos impensáveis para jogos daquele nível, com 60 a 70 mil pessoas. Frenesi da galera vendo o sonho de retornar para a Segundona se tornando real. A vaga foi praticamente assegurada no dia 22 de novembro contra o ABC de NATAL. Dois gols de Elias e um de Ávine (será que um dia o Bahia se livra dele???) aos 41 minutos do segundo tempo. Ninguém podia imaginar àquela altura, mas o gol do lateral seria o último da Fonte Nova, porque no domingo seguinte, dia 25 de novembro, a Fonte Nova seria palco de um jogo oficial pela última vez. Após usar no primeiro tempo a esperada camisa número 3 - que será motivo de um post à parte, aguardem - o tricolor voltou para a etapa final com a camisa tricolor, talvez pela superstição histórica dos dinossauros tricolores. Nonato perdeu um penalti no primeiro tempo e, como os resultados faziam o Bahia e o Vila Nova de Túlio Maravilha, adversário daquela tarde, retornarem à segunda divisão, o segundo tempo foi um baba, só para esperar o apito final. Enquanto verdadeiros vândalos comemoravam invadindo e destruindo o gramado, toldos dos bancos de reserva, carrinho da maca, sete pessoas morriam no desabamento de parte da arquibancada do anel superior do estádio. Para cumprir tabela, um joguinho contra o Crack de Goiás, em campo neutro. Em caso de vitória o Bahia se sagraria campeão da terceirona. Derrota por 5 a 3. Apesar de tudo, a meta foi cumprida... Essa foi a epopéia do último uniforme confeccionado pela Diadora.
Por questões de estratégia de mercado, a marca abandonava o futebol brasileiro, passando a dedicar-se a outros esportes, como o tênis, e à linha casual. Deixou órfaos, além do Bahia, Coritiba, Atlético Mineiro e Ponte Preta. Depois de 3 anos vestindo o tricolor, fazemos um balanço positivo do resultado dessa parceria. No geral, tivemos uniformes bem feitos e, salvo um ou outro detalhe, de bom gosto, não obstante a padronização de seu lay-out, que tanto falamos nos posts anteriores. A compatriota Lotto chegaria para lhe substituir. A Diadora seria a primeira marca de material esportivo que nunca ganhou um título sequer vestindo o Bahia. Triste fim para uma grande marca.



Fotos das camisas 1 e 2 em ação pela Série C de 2007


Enquanto vândalos (não podemos chamá-los torcdores) destruíam a Fonte Nova, 7 vidas eram ceifadas na maior tragédia da história do estádio